O Telescópio Espacial James Webb (JWST) alcançou um dos primeiros objetivos científicos anunciados em 2017, analisando a atmosfera de um dos exoplanetas TRAPPIST-11. O JWST é o mais recente telescópio espacial emblemático da NASA, sucedendo o envelhecido Hubble. Com um espelho enorme que coleta mais luz do que qualquer outro antes dele, o JWST é capaz de capturar imagens de alta resolução e, graças aos seus olhos infravermelhos, pode observar muito mais profundamente no espaço e no tempo1.

Atmosfera de TRAPPIST-1 b

Uma equipe internacional de pesquisadores usou o JWST para examinar TRAPPIST-1 b, a fim de determinar se o planeta possui uma atmosfera, o que pode fornecer informações sobre a habitabilidade de outros exoplanetas2. A existência de uma atmosfera é um dos fatores que determinam a habitabilidade de um planeta. Observações anteriores de TRAPPIST-1 b usando os telescópios espaciais Hubble e Spitzer não encontraram evidências de uma atmosfera inflada, mas não descartaram a possibilidade de uma atmosfera densa2.

Resultados recentes

A equipe de pesquisa não encontrou sinais de que TRAPPIST-1 b possua uma atmosfera1. O espectro do planeta pode ser totalmente atribuído à atividade estelar1. Essa descoberta está de acordo com outras observações do JWST feitas no início deste ano, que mediram a temperatura do planeta e consideraram improvável a presença de uma atmosfera1. No entanto, a possibilidade de uma atmosfera densa ainda não foi completamente descartada2.

Futuras investigações

O objetivo final das análises atmosféricas do JWST é procurar sinais diretos de vida4. Embora isso não fosse possível com TRAPPIST-1 b, em planetas rochosos como os do sistema TRAPPIST-1, assinaturas de moléculas como metano poderiam ser um indicador de vida extraterrestre4. A detecção de dióxido de carbono na atmosfera de outros exoplanetas, como WASP-39b, é um marco importante para o objetivo do telescópio de analisar planetas distantes e, eventualmente, ajudar a descobrir sinais de vida extraterrestre5.