Em 3 de janeiro de 2019, a China alcançou um marco histórico na exploração espacial ao pousar a sonda Chang’e 4 no lado oculto da Lua. Este feito inédito foi realizado na cratera Von Karman, localizada no polo sul lunar, uma região de 186 quilômetros de diâmetro e 13 quilômetros de profundidade. A missão Chang’e 4, composta por um módulo de pouso e um rover, foi projetada para estudar a composição mineral, o terreno e a estrutura da superfície lunar, além de realizar observações astronômicas em frequências de rádio baixas.
O lado oculto da Lua, que nunca é visível da Terra, possui uma composição geológica distinta e é um local de grande interesse científico. A missão da Chang’e 4 permitiu a coleta de dados valiosos que podem ajudar a entender melhor a formação e evolução do nosso satélite natural. A sonda também levou consigo sementes de algodão, batata, leveduras e ovos de mosca-das-frutas, em um experimento para criar um ambiente autossustentável, essencial para futuras missões espaciais.
A chegada da Chang’e 4 ao lado oculto da Lua simboliza o amadurecimento do programa espacial chinês, que começou na década de 1950. Este sucesso coloca a China ao lado dos Estados Unidos e da Rússia como uma das nações líderes na exploração lunar. Além disso, a missão abre caminho para futuras expedições, incluindo planos de enviar astronautas à Lua até 2030 e estabelecer uma base de pesquisa no polo sul lunar.
A exploração do lado oculto da Lua pela Chang’e 4 não só representa um avanço tecnológico significativo, mas também destaca a crescente competição internacional na corrida espacial. Com mais missões planejadas, a China continua a expandir suas capacidades e ambições no espaço, contribuindo para o conhecimento global sobre o universo.