A Grande Mancha Vermelha de Júpiter é uma das características mais intrigantes do maior planeta do Sistema Solar. Esta tempestade colossal, que se destaca por sua cor vermelho-tijolo, tem sido observada por mais de 300 anos e continua a fascinar cientistas e entusiastas da astronomia.
Localizada no hemisfério sul de Júpiter, a Grande Mancha Vermelha possui uma largura impressionante de 16 mil quilômetros, o que significa que poderia engolir mais de uma Terra inteira. Os ventos dentro desta tempestade podem atingir velocidades de até 700 km/h, tornando-a um dos fenômenos meteorológicos mais extremos conhecidos.
Desde o século XVII, a mancha tem sido um objeto de estudo contínuo. Embora algumas pesquisas recentes indiquem que a tempestade pode estar diminuindo de tamanho, ela ainda permanece como uma das principais características visíveis de Júpiter, podendo ser observada até mesmo com telescópios amadores.
A Grande Mancha Vermelha é um anticiclone, girando no sentido anti-horário e completando uma rotação a cada seis dias. Diferente dos furacões terrestres, seu centro é relativamente calmo, mas as bordas são extremamente turbulentas. Acredita-se que a camada principal de nuvens da mancha seja composta de amônia, e a origem de sua cor distinta ainda é um mistério para os cientistas.
Nos últimos anos, a mancha tem adquirido uma tonalidade laranja avermelhada, cuja intensificação gradual intriga os pesquisadores. Além disso, os gases acima da tempestade são mais quentes do que em qualquer outra parte de Júpiter, possivelmente devido às ondas acústicas geradas pela intensa turbulência.
A Grande Mancha Vermelha de Júpiter continua a ser um enigma científico, oferecendo novas descobertas e desafios para a compreensão dos fenômenos atmosféricos em planetas gasosos.